Projeto Segurança Social forma 71 alunos em cursos profissionalizantes - 23/12/2009

O projeto Segurança Social da Polícia Militar encerrou o ano com a formatura de 71 alunos dos cursos de Informática Básica, Preparo de Alimentos e Costura Industrial, realizados em parceria com Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, na Vila Osternack, Sítio Cercado, na zona sul de Curitiba. Na foto,Major Sérgio, comandante do 13BPM entrega certificado. .Foto: Fernando Saraiva


O projeto Segurança Social da Polícia Militar encerrou o ano com a formatura de 71 alunos dos cursos de Informática Básica, Preparo de Alimentos e Costura Industrial, realizados em parceria com Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, na Vila Osternack, Sítio Cercado, na zona sul de Curitiba. Os cursos foram ministrados por profissionais da própria comunidade desde outubro. Cada modalidade teve duas turmas e a duração de 100 horas/aula para alunos jovens, adultos e idosos.  Para o idealizador do projeto, ex-comandante da Polícia Militar, e atual secretário especial de Governo, coronel Anselmo José de Oliveira, a formatura é o reconhecimento do trabalho realizado. “São frutos que estão sendo colhidos, como o desenvolvimento das pessoas e também a queda significativa da criminalidade na área que recebe o projeto”, ressalta. “A sociedade organizada atuou em parceria, por isso a capacidade de transformação e benefícios é muito maior”.  Segundo Anselmo, o Segurança Social se tornará vitrine e qualquer autoridade poderá ver que ele realmente funciona e levá-lo para todo o Estado. Para o diretor da Secretaria do Trabalho, Fernando Peppes, a parceria com a Polícia Militar foi de suma importância para o desenvolvimento do projeto na Vila Osternack. “A PM foi o braço que muitas vezes faltava para a Secretaria. A instituição desempenhou papel fundamental que foi a qualificação profissional, procurando trabalhar a questão social na sua causa e não na consequência”, afirma. “O projeto, iniciado há pouco mais de um ano, já trouxe vários benefícios para a comunidade”, afirma o supervisor do projeto e subchefe do Estado Maior da PM, coronel Antônio Aurélio Alves Chaves da Conceição. Ele acrescenta ainda que, o segurança social parte do princípio de levar mais oportunidade às comunidades e, com isso, a segurança pública também melhora. Aurélio ainda ressalta que o projeto é exemplo para outras polícias. “Nosso projeto está sendo estudado por outras instituições militares. O controle da violência e da delinquência não terá êxito com a contratação de novos policiais, com a construção de novos presídios, mas sim, a partir do momento que as comunidades tenham mais opções de trabalho e qualidade de vida.” A major Karin Denise Krasinski, coordenadora do Segurança Social, explica que o projeto leva cidadania e resgata a autoestima dos moradores do Osternack. “Fico orgulhosa porque as pessoas daqui, sequer saíam de suas casas, pois achavam que não tinham o direito de se formar, de se capacitar, se desenvolver. Hoje, percebe-se alegria e felicidade nos olhos delas, vendo que são cidadãos, têm direitos, habilidades e capacidades.” 
APROVAÇÃO - No curso de Preparo de Alimentos, os 25 frequentadores aprenderam a fazer desde pratos simples até sofisticados, além de reaproveitamento de alimentos. “Agora muita coisa muda para mim. Aprendi muitas coisas que ainda não sabia, apesar de ter trabalhado como auxiliar de cozinha. Já estou pretendendo mudar de vida; agora já entro na cozinha com mais responsabilidade”, disse Conceição Veiga de Souza, 45 anos.
O curso de Informática Básica contou com 26 alunos, entre eles Marta Proencio de Oliveira, 26 anos. De acordo com ela, os conhecimentos serão usados em seus futuros trabalhos. “No início foi um pouco difícil, eu não sabia nem ligar o computador. Agora quero entrar no ramo de trabalho firme mesmo, já comecei a procurar emprego.” 
Ela também elogiou a atuação da Polícia Militar em encabeçar um projeto como esse. “Era um lado dos policiais que eu desconhecia, achava que eles só se preocupavam com os bandidos. As pessoas sempre acham que o policial é carrasco, e eu vi que não é assim”, complementa Marta. 
Outro aluno de informática foi Antonio Rodrigues de Oliveira, 58, que nunca havia tido contato com o computador. “Era analfabeto em computação e, agora, até um emprego posso arrumar, posso fazer muito mais atividades”, explica. Isabel de Oliveira, 57, esposa dele, também fez o curso. “Nós dois podemos conseguir emprego agora; antes de a polícia vir para cá eu não sabia que faziam este tipo de coisa”, descreve Antônio.

COOPERATIVA –
 O curso de Costura Industrial contou com 20 alunas que, já estão se organizando para montar uma cooperativa e, para isso, realizaram visita monitorada à Coopermand – Cooperativa de Mandiritiba, e estão recebendo orientações da Secretaria do Trabalho. “A gente tem planos de montar uma cooperativa aqui na vila mesmo”, garante Gisele Pollyana da Silva, 27 anos. Além dela, também frequentou a atividade Adenir Domingues Gonçalves, 53 anos. “Aprendi a fazer camisetas, uniformes, calças, camisas, jaquetinhas. Mas quero me aperfeiçoar mais”,  Também participaram da formatura o major Sérgio Cordeiro de Souza, comandante do 13.° Batalhão de Polícia Militar, o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, a professora Margarete Maria Lemes, integrante da coordenação projeto, parceiros do projeto e lideranças comunitárias.

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